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O alemão Raimund Hoghe vem ao Rio com seu solo An Evening with Judy O alemão Raimund Hoghe vem ao Rio com seu solo An Evening with Judy
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Artistas de nove países, além dos grupos nacionais vão apresentar espetáculos em espaços do Centro, Zona Norte, Zona Oeste e Zona Sul do Rio de Janeiro


A 24ª edição do Festival Panorama, maior evento de artes do corpo, dança e performance no Brasil e um dos mais importantes da América Latina, traz ao Rio de Janeiro, a partir desta sexta-feira (30/10) e até 15 de novembro, 30 atrações estrangeiras e brasileiras, com espetáculos, palestras, oficinas e outras atividades em linguagens diversas que se destacam na cena contemporânea mundial.

Este ano o festival investiga a relação da dança com o texto e com a passagem do tempo, e ocupará de forma democrática espaços tradicionais e alternativos no Centro, Zona Norte, Zona Oeste e Zona Sul da cidade.

Serão performances, intervenções urbanas, conversas públicas, instalações e oficinas, sempre com preços acessíveis (até R$ 30) ou entrada franca.

Em 2015, o Panorama desembarca pela primeira vez em dois novos espaços do Rio: o Parque Madureira e a recém-inaugurada Sala Cecília Meireles.

O festival também retorna ao CCBB, além de manter sua programação na Cidade das Artes, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Oi Futuro Flamengo, Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto, Teatro João Caetano e a Praia de Ipanema.

A direção artística do festival é da jornalista e curadora Nayse López.

"Estamos hoje diante de um confronto diário de discursos conflitantes e de uma velocidade acelerada no mundo. Reunimos na programação deste ano um conjunto de artistas e obras que nos colocam diante da potência do corpo como arena de resolução ou pelo menos de conciliação desses muitos discursos paralelos no mundo.

E obras que nos obrigam a desacelerar e rever nossa relação com o tempo e com a paisagem. Como sempre, o festival é inscrito na cidade do Rio e dialoga constantemente com ela e suas transformações. O Panorama é mais que um festival, é construído como um percurso carioca, que cruza suas zonas e paisagens", diz a curadora.



Destaques

Com foco nas artes cênicas, mas dando continuidade à sua abertura para outras linguagens desde 2010, o Festival Panorama traz um amplo e diversificado roteiro de espetáculos e projetos com os mais variados formatos.

Nesta edição o festival se estende ao longo de 17 dias de atividades.

Entre as atrações internacionais de destaque está HA!, criação da coreógrafa e performer marroquina Bouchra Ouizguen e sua companhia Cie. O, composta de cantoras Aïta e  vocalistas de cabarés simultaneamente célebres e desprezadas pela sociedade marroquina.

Canto, dança e rituais místicos estão no trabalho, que inspirou-se na obra de Jalal ad-Din Rumi (1207-1273), grande poeta persa e Sufi místico que fundou a ordem dos Dervixes Rodopiantes.

 

O italiano Alessando Sciarroni  (foto) apresenta UNTITLED, I will be there when you die, uma prática coreográfica e performativa acerca da passagem do tempo, oriunda de uma reflexão sobre a arte do malabarismo.

O trabalho representa o segundo capítulo de um projeto maior intitulado Will you still love me tomorrow?, uma investigação sobre os conceitos de tensão, perseverança e resistência.

 

HA!, criação da coreógrafa e performer marroquina Bouchra Ouizguen



Proposta de experiência coreográfica, interativa e multissensorial para bebês entre 3 e 18 meses de idade e seus cuidadores, Sensescapes, da sérvia Dalija Acin Thelander, é uma instalação projetada para desafiar as concepções habituais de estética daqueles que ainda estão dando seus primeiros passos.

Formada por elementos visuais, táteis e sonoros, tem como objetivo induzir a interação do movimento físico do público e sua descoberta sensorial.

Um programa de dois dias sobre música e dança na Sala Cecília Meireles. Com apenas uma apresentação dia 06 de novembro, o alemão Raimund Hoghe vem ao Rio com seu solo An Evening with Judy, onde continua sua série de retratações de cantoras.

Hoghe, que durante dez anos trabalhou como dramaturgo para Pina Bausch (1940-2009), teve como ponto de partida para a obra a cantora e atriz americana Judy Garland (1922-1969) e o vasto repertório musical da estrela. A Sala recebe também uma série de trabalhos colaborativos da dupla Jonathan Burrows (Inglaterra) e Matteo Fargion (Itália).

No dia 09 de novembro, os artistas se apresentam com Both Sitting Duet (2002), peça que deu o tom para o espírito divertido e perspicaz que marca o trabalho da dupla.

No Rio, eles vão segui-la com sua mais nova obra: Body Not Fit For Purpose, uma cocriação de 2014 da Bienal de Veneza. No dia 10, se apresentam com Cheap Lecture, um jogo com a estrutura da palestra de John Cage Lecture On Nothing, a reencenando logo após em The Cow Piece.

A dupla croata-italiana Barbara Matijevi? e Giuseppe Chico apresentam Forecasting, que tem como mote uma coleção de clipes amadores tirados do maior site de compartilhamento de vídeos do mundo: o YouTube. No palco, Matijevi? manipula um laptop que projeta os vídeos selecionados especificamente para atender a escala de tamanho humano.

 

A portuguesa Vera Mantero (foto) apresenta pela primeira vez no Brasil o solo O que podemos dizer do Pierre, onde realiza uma improvisação ao som de uma aula do filósofo francês Gilles Deleuze (1925-1995) sobre o filósofo holandês Espinoza (1632-1677) em que, através de seus movimentos, trabalha uma construção do corpo que procura o seu próprio espaço.

A artista também é autora de Os Serrenhos do Caldeirão, Exercícios em Antropologia Ficcional, considerada pelo jornal O Globo como uma das dez melhores peças de dança apresentadas no Brasil em 2014.

Em Hu(r)mano, também do português Marco da Silva Ferreira, os intérpretes elevam-se a uma atmosfera paralela ao real, numa reflexão imaginária em torno do "movimento humano urbano" e sua condição vital.

Esta é uma busca constante do significado da dança enquanto produto abstrato, mutável e efêmero, gerada intuitivamente nos universos contemporâneos.



Entre os destaques nacionais, dois espetáculos de uma das mais renomadas companhias brasileiras de dança, o Grupo Cena 11 Cia. de Dança, de Florianópolis: Monotonia de Aproximação e Fuga para 7 corpos, que, em semelhança à forma de composição musical denominada fuga, a dança e o mover instauram um ritual em que para se afirmar o mesmo é preciso ser sempre outro, e Colônia, mobilidade emergente de autonomia coletiva, encontro do grupo com pessoas e lugares que busca uma investigação sobre mobilidade e feita com performers selecionados através de convocatória.

A artista e pesquisadora das artes do corpo Marina Guzzo apresenta na Praia de Ipanema a performance Navios, que busca criar cartografias dançadas em espaços abandonados e em plataformas esquecidas.

Assinada também pelo fotógrafo, videoartista e docente Vinícius Terra, Guzzo apresenta a vídeoinstalação 100 lugares para dançar, com 100 mini-vídeos que mapeiam a dança de três cidades brasileiras (Santos, São Paulo e Rio de Janeiro).

A alagoana Cia. dos Pés apresenta com Dança baixa uma reflexão acerca do tempo que destinamos para estarmos em nós mesmos e neste mergulho íntimo aproximar-se de nossa história e cultura.

Construindo em cena uma sinestesia repleta de intimidade, o trabalho propõe o diálogo da dança contemporânea com as danças tradicionais e populares.

Duo de artistas fundado em 2003 pelos brasileiros radicados na Suécia Anna af Sillén de Mesquita e Leandro Zappala, QUARTO traz ao Panorama 2015 a exploração performativa ?Durational Rope?, onde uma corda de 1.000 metros é manipulada para gerar uma tensão entre o corpo e a amarra através de constante movimento.


Estreias


A 24ª edição do Festival Panorama traz quatro estreias com espetáculos produzidos por quatro coreógrafos cariocas.

O Coletivo em Silêncio apresenta a criação Poros na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, dias 31 de outubro e 1º de novembro.

O trabalho, que iniciou em 2011 a pesquisa e prática junto à população privada de liberdade nas unidades prisionais no Rio de Janeiro, teve sua origem no tema Cárceres Corpóreos e seus desdobramentos políticos e estéticos.

Surgido a partir de convite feito para participar do Rumos Legado Dança #sampleado, em 2014, Denise Stutz estreia Entre Ver, solo que traz a tentativa de pensar na história de um indivíduo como pertencente não apenas a ele, mas ao outro que está presente para compartilhar, vivê-la e revivê-la em circularidade.

Em seu terceiro ano consecutivo, o projeto Panorama Carioca na Cidade das Artes volta a receber novos artistas: o dançarino e inventor Michel Groisman conduz o público em uma vivência inusitada em ?Risco?, na qual 32 pessoas têm a experiência gradual de desenhar em conjunto, convidando os participantes a um exercício constante de acordo com o outro.

Em ?Pé de vento cabeça no chão?, a Cia REC aborda diferentes sensações que a criança experimenta com sua sensibilidade apurada, buscando dar visibilidade ao tamanho que ela atribui às suas experiências.



Programação paralela

No dia 1º de novembro, a Escola de Artes Visuais do Parque Lage recebe duas mesas de debates mediadas pela crítica de dança e teórica Helena Katz.

O Centro de Artes da Maré recebe, nos dias 3, 5 e 12 de novembro, workshops com Vera Mantero, Michel Groisman e o coreógrafo do Cena 11 Alejandro Ahmed. Aulas de malabares também serão ministradas no Circo Crescer e Viver, na Cidade Nova, no dia 5 de novembro.

Abrindo chamadas públicas para participação, o Festival Panorama esse ano realiza duas residências artísticas com artistas da programação.

Investigando a mobilidade, o Grupo Cena 11 Cia. de Dança realiza uma ação coletiva com apresentações de Colônia - mobilidade emergente de autonomia coletiva no Parque Madureira e na Cinelândia Navios, de Marina Guzzo, vai construir uma paisagem poética com performers cariocas, num trajeto entre o Oi Futuro Ipanema e a praia.

A residência desse projeto acontece no Solar Meninos da Luz, que atua nas comunidades Cantagalo, em Ipanema, e Pavão-Pavãozinho, em Copacabana.


Programa educativo

Desenvolvido desde 2008, o Programa Educativo do Festival Panorama busca em sua atuação abranger os mais diferentes públicos.

O objetivo é aproximar pessoas e organizações de várias áreas de atuação na experiência sensível da dança contemporânea e das artes em geral, além de buscar o desenvolvimento do olhar crítico dos profissionais da área.

De início e com um formato bem menor, teve como mote trabalhar a mediação cultural e formação de público, mas hoje conta com uma programação paralela ao festival com diversas atividades.

Neste ano, serão realizados workshops, a 4ª edição do Laboratório de Crítica,  organizado em parceria com o Departamento de Arte Corporal da UFRJ, e mais uma convocatória do Programa de Voluntariado, oportunidade de inserção de jovens estudantes no mercado de trabalho que na edição passada recebeu 50 participantes fixos nas mais diversas áreas dentro do festival.


De 30 de outubro à 14 de novembro

Local:
Oi Futuro Flamengo – Teatro, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto, Centro Cultural Banco do Brasil – Teatro II, Oi Futuro/Ipanema, Parque Madureira, Cinelândia, Campo de Santana, Sala Cecília Meireles, Cidade das Artes – Grande Sala, Sala de Ensaio 1, Sala Eletroacústica

 




Programação Completa AQUI


Última modificação em Sexta, 30 Outubro 2015 23:00
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